Eu tive a oportunidade de realizar oficinas, tanto presenciais como à distância, sobre a temática de jogos lógicos que o professor Jorge Visca apresenta neste livro. Assim, parecia útil trazer aos leitores as conclusões e reflexões a que chegaram os participantes de diferentes oficinas, depois de ter tido esta experiência.
Com o material fornecido por este livro, analisaram-se os jogos indicados para distintas idades: 05, 08, 11 e 15 anos. Alguns foram jogados com colegas e adultos.
Testemunhos:
Parece-me que os jogos lógicos, ao contrário de outros tipos de jogos, implicam procedimentos para que se produza a interação com o outro, implicam normas a seguir.
Uma vez iniciado o jogo, observam-se as primeiras manifestações de frustração da menina (10 anos) […] porque sua adversária obstruía-lhe as possibilidades de seu objetivo, que era ganhar a qualquer custo, mesmo fazendo trapaças.
O básico para nossa profissão é permitir-nos jogar com esses tipos de jogos, já que possibilitam aproximarmo-nos aos sujeitos de uma maneira direta, respeitando seu jogo, aceitando seu tempo e ajudando-lhe a superar seus conflitos.
Paula, de 05 anos, jogando o Ta Te Ti, não leva em conta onde eu coloco as fichas.
João, de 08 anos, joga Ta Te Ti, escolhe as fichas, espera sua vez; joga com as regras convencionais.
Os jogos lógicos são uma forma de aproximação dos sujeitos, fazendo com que ponham em funcionamento tanto seus aspectos emocionais, como cognitivos. Serão de grande utilidade não só para o tratamento, mas também para o diagnóstico psicopedagógico, porque se podem detectar: a antecipação, a descentração, a classificação, a seriação, a conservação, a compensação, a reversibilidade, como se aceitam as regras impostas, o ponto de vista do adversário, a tolerância, a frustração etc.
Seguramente, esta nova edição será, como foram as anteriores, de suma importância para o trabalho psicopedagógico.
Lic. Profª. Susana Rozenmacher
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